Com o Brain Entrainment, é possível alcançar os estados mentais que se deseja, a cada momento – maior foco e concentração para estudar e trabalhar; relaxamento e tranquilidade para descansar e recuperar o equilíbrio. Brain Entrainment é uma técnica totalmente não invasiva, um tratamento natural para TDAH – Déficit de Atenção.
Pulsos e ondas elétricas: Base do funcionamento cerebral

Brain Entrainment induz o cérebro a mudar seus padrões de pulsos elétricos. Se eu quero estar mais alerta, focado e concentrado, preciso induzir o cérebro a um ritmo mais rápido. O contrário caso eu queira relaxar ou meditar.
Pulsos e ondas elétricas. Esta é a essência do funcionamento cerebral. Nosso cérebro é formado por 100 bilhões de neurônios – são as unidades essenciais, as principais células cerebrais. Os neurônios se organizam em redes, interligando-se a outros neurônios. Por meio de pulsos elétricos, modulados por neurotransmissores, eles se comunicam, formando uma imensa rede neural de mais de 100 trilhões de conexões.
Para saber mais
Dificuldade de concentração, esquecimentos, bagunça, adiamentos...
Pode ser TDAH - Déficit de Atenção!
Faça o Teste Online do IPDA - Instituto Paulista de Déficit de Atenção para Avaliação Preliminar do Transtorno do TDAH / Déficit de Atenção (com ou sem Hiperatividade). Versões Adulto e Infantil.
Música Cerebral
Os padrões elétricos cerebrais se assemelham a uma orquestra, com vários instrumentos tocando, cada um, a parte que lhe cabe numa grande sinfonia. Ora, alguns músicos tocam mais intensamente. Ora serão outros instrumentos em destaque, enquanto outros permanecem dando suporte ou aguardando sua próxima entrada. Da mesma forma ocorre a “música cerebral”. Áreas cerebrais trabalham de forma coordenada, cada uma com frequências de onda mais adequadas à suas funções e ao estado específico de consciência.
Brain Entrainment é uma técnica bastante acessível, de fácil uso e bastante segura. Os melhores resultados são obtidos com um programa personalizado. De acordo com as características e necessidades da pessoa, os tipos específicos de estimulação são criados e testados, para maximizar o efeito de indução e reduzir riscos de efeitos colaterais.
Como o cérebro trabalha
De um modo geral, o cérebro pulsa – “trabalha” – mais rápido quando estamos acordados, em comparação ao sono. Igualmente, mais rápido ainda quando estamos pensando, estudando ou realizando atividades que envolvem esforço mental. Por analogia, pulsa mais devagar quando estamos relaxados ou distraídos. E ainda mais lento quando estamos dormindo.
A saber, as áreas mais à frente do cérebro tendem a pulsar mais rápido que as restantes. Pelas suas próprias características, já que lá estão os centros de comando e controle do cérebro, responsáveis pelas funções executivas. Áreas posteriores (parte de trás da cabeça) tendem a pulsar mais lentamente. Ademais, padrões inversos são encontrados nas áreas direita e esquerda. Enquanto o lado esquerdo do cérebro usualmente trabalha com frequências mais elevadas, o lado direito é um pouco mais lento.
Todos os transtornos neurobiológicos acarretam disfunções em padrões de funcionamento cerebral. A marca neurobiológica principal do TDAH é uma lentificação no funcionamento do córtex pré-frontal, responsável pelas funções executivas.
Por outro lado, quando há ansiedade, encontramos uma aceleração maior das áreas de processamento emocional, em especial aquelas ligadas a emoções negativas. Na depressão, observa-se uma reversão na lateralidade dos padrões – o hemisfério direito pulsa mais rapidamente, enquanto o hemisfério esquerdo encontra-se lentificado
Como é o cérebro das pessoas com TDAH
Uma das maiores descobertas da ciência foi a associação entre padrões de funcionamento cerebral e estados mentais de consciência. Estes estados mentais são classificados em termos de faixas de frequência de pulsos – quantas vezes por segundo os neurônios de determinada área estão pulsando, o que é calaculado em Hertz (Hz).
Faixas bem lentas, entre 0.5 e 4 Hz são produzidas quando estamos dormindo em sono profundo – são chamadas Ondas Delta. Quando estamos bem relaxados, sonolentos mas acordados, acontecem aqueles momentos de distração e pensamento livre, criativo. Isto corresponde às faixas entre 4-8 Hz, chamadas Theta. Durante o estado Theta, descolamos da realidade externa: o resultado é distração, “sonhar acordado”.
Outro estado mental bem conhecido é Alpha, usado para relaxamento e meditação. Em comparação às marchas de um carro, a faixa Alpha, entre 8 e 12 Hz, equivale ao “ponto morto”. Em outras palavras, o carro está ligado (a pessoa está acordada, consciente), porém sem gastar energia em atividades cognitivas de processamento de informações, sem pensar em nada específico. Justamente por isto Ondas Alpha são consideradas muito relaxantes e revigorantes.
Em estados mentais de alerta, concentração e foco, o cérebro trabalha bem mais rápido. São as Ondas Beta, entre 15-25 até 35-40 Hz. É uma faixa bem extensa, que tem suas peculiaridades – para o cérebro, nem sempre mais rápido é melhor. Isto porque um cérebro muito acelerado e descontrolado não consegue pensar adequadamente – é o que acontece com a ansiedade, especialmente no caso de fobias, pânico e ansiedade de desempenho. É preciso ter a frequência certa, para otimizar o desempenho em cada tipo de atividade.
Portadores de TDAH usualmente tem uma quantidade maior que a esperada de neurônios pulsando nas faixas de Theta e Alpha, em comparação às frequências mais rápidas de Beta. Esta é a “assinatura” psicofisiológica típica do transtorno.
Como o Brain Entrainment funciona?
É possível mudar o funcionamento elétrico do cérebro por meio da indução de padrões específicos através de estimulação auditivo e/ou visual. Este processo de indução é chamado Brain Entrainment (se pronuncia “em-trein-ment”).
O cérebro possui uma tendência intrínseca, inata, de reagir quando é exposto a certos tipos de estimulação rítmica, que podem ser auditivos ou visuais. Quando este ritmo se torna bem rápido e consistente, o cérebro responde sincronizando sua própria pulsação (seus ritmos elétricos) a estes ritmos externos. Esta característica cerebral é chamada de Resposta de Seguimento de Frequência (em inglês, Frequecy Following Response”).
Com a tecnologia de Brain Entrainment é possível criar fontes de estimulação rítmica (que pode ser visual e/ou auditiva), com o padrão de pulsos que se espera induzir no cérebro. O aspecto mais crítico do Brain Entrainment é que a estimulação precisa ser construída de modo a produzir o efeito máximo de indução. A fim de alcançar este resultado, foram desenvolvidos softwares de alta tecnologia, que ajudam a construir nos mínimos detalhes arquivos de som (MP3) e de vídeo.
Como resultado, a indução é alcançada por meio da estimulação, em “sessões”. Numa sessão de estimulação auditiva, você irá ouvir pulsos de som bem rápidos e breves. Em seguida, conforme a sessão avança, estes pulsos mudarão lentamente de frequência – para mais rápidos ou mais lentos. Assim, pouco a pouco, o cérebro vai se ajustando, seguindo as variações sutis. Por fim, alcança o estado mental desejado.
Uma sessão de Entrainment normalmente demora entre 15 e 60 minutos, embora haja sessões mais longas. Principalmente aquelas voltadas para relaxamento e adormecimento precisam ser mais longas. Quando se estimula o cérebro a a frequências mais rápidas, os efeitos são percebidos quase que imediatamente e podem durar por 3 a 4 horas. Por outro lado, as sessões de relaxamento acabam induzindo ao sono, que idealmente durará pela noite toda.
Efeitos colaterais e riscos do Brain Entrainment
O Brain Entrainment é uma técnica bastante segura, totalmente natural e minimamente invasiva, consistindo apenas em exposição a estimulação auditiva e/ou visual.
Pessoas que sofram de epilepsia, enxaquecas ou apresentem qualquer tipo de convulsão não devem, em hipótese alguma, usar o Brain Entrainment sem autorização médica, preferencialmente de um neurologista. Pois existe o risco eventual da estimulação rítmica induzir uma crise convulsiva, especialmente a estimulação visual.
Há larga variação no quanto as pessoas se adaptam ao Brain Entrainment. Eventualmente, algumas mais sensíveis a som, podem sentir certa irritação com os pulsos (batidas) e querer abandonar. Outras, precisam ouvir bem alto para ter o efeito.
Sobretudo, é essencial destacar que os efeitos colaterais acontecem quando se usa uma frequência inadequada. Pois um grande engano é acreditar que, quanto mais rápida a frequência – mais intensa, por mais tempo – maior será o efeito de aumentar o foco e a concentração. Assim sendo, é bem possível que a pessoa apenas ganhe uma dor de cabeça, sensação de tontura (cabeça pesada) ou até mesmo sinta taquicardia. Felizmente, qualquer efeito colateral deve passar rápido.
É essencial usar os programas adequados para seu caso, de preferência com orientação de alguém que conheça bem esta técnica. Dessa forma, poderá ter toda a orientação e diversos testes, até encontrar as frequências ideais. Tanto para você, considerando suas preferências, como para seus objetivos.
Suponha alguém que queria muito aumentar o foco no estudo – seria indicado fazer a indução de uma frequência mais rápida. Entretanto, pode não ser adequado se a pessoa sofrer com ansiedade – poderá sentir-se mal, mais agitada e angustiada. Ainda mais no caso de ansiedade de desempenho, corre-se o risco de piorar ainda mais a concentração.
Como praticar o Brain Entrainment
A maneira mais simples e acessível é através de estimulação auditiva. É possível encontrar vários arquivos de som de Brain Entrainment pela internet, muitos deles gratuitos (sons binaurais). Boa parte deles informa para que serve – melhorar o foco, relaxar, concentração e outros. Podem ser baixados, guardados no celular ou tocador de MP3.
Equipamentos tecnológicos ou apenas sons
Há equipamentos à venda, especialmente nos Estados Unidos, que consistem num gerador de frequências, fones de ouvido e “óculos” com leds embutidos na parte interna. Quando em uso, os leds pulsam no mesmo ritmo das ondas sonoras, aumentando a potência da indução.
Usar apenas a estimulação auditiva já traz resultados. Por ser muito fácil e conveniente de usar, pode ser feita em qualquer lugar. Basta fones de ouvido e uma fonte de som – o celular é muito usado pelos meus pacientes. Já a estimulação visual precisa realmente de um equipamento especial e que a pessoa fique parada, de olhos fechados (sentada ou deitada) durante todo o período da indução.
Eu tenho usado com muito sucesso com meus clientes. Na minha clínica, tenho equipamentos que são, ao mesmo tempo, auditivos e visuais. Em primeiro lugar, eu testo alguns tipos padronizados de sessão, para selecionar as frequências-alvo mais indicadas. Em segundo lugar, sigo uma análise individual que me encontrar qual o tipo de estimulação mais eficaz para a pessoa, sempre baseado no que ela almeja como objetivos.
Para isto, eu uso softwares especiais que me permitem programar de maneira extremamente detalhada, segundo a segundo, todas as variações rítmicas de pulsos que, posteriormente, será salva como um arquivo MP3. Nesta personalização, há possibilidade também de incluir sons de fundo de acordo com a preferência de cada um, para tornar mais agradável a indução. Finalmente, estes arquivos ficam disponíveis para download na área do paciente, prontoas para serem baixados em casa e usados durante o dia e à noite.
Orientação personalizada para Brain Entrainment, com fornecimento dos tipos de estimulação mais indicados para seu caso são parte do caminho para extrair o potencial máximo do seu cérebro. Definitivamente, há muitos caminhos para tratar o TDAH.