Quando o stress é intenso demais, entramos em estado de esgotamento. Esgotamento físico. Cansaço que não passa mesmo tentando dormir. Esgotamento mental. Cabeça cansada, que ainda assim não para de pensar, por tanta agitação mental. Esgotamento emocional. Cansaço com a vida, falta de energia, desmotivação. Acima de tudo, vontade de não fazer mais nada. Estes são todos sintomas da Síndrome de Burnout. A fase final do stress crônico. Quando mente-corpo não aguentam mais e entraram em estado de esgotamento.
Esgotamento mental, emocional e físico: Sintomas da Síndrome de Burnout
Sintomas do TDAH podem ser causados por Síndrome de Burnout
Quando o stress se torna demasiado, muito intenso ou presente em todas as áreas da vida, nosso corpo tem uma capacidade intrínseca de se ajustar às situações que interferem com seu estado de equilíbrio. Nesse meio tempo, entram em ação mecanismos automáticos de recuperação da homeostase.
São muitos os fatores que podem causar stress, de origem física, mental ou emocional. Em primeiro lugar, fatores físicos que causam stress. Qualquer tipo de doença, como gripes, inflamações ou infecções são fontes de stress físico. Do mesmo modo, queimaduras de sol, excesso de exercício físico, extremos de calor e frio; até mesmo sede e alimentação inadequada.
Em segundo lugar, stress mental. Preocupações constantes, problemas com trabalho, angústias, dificuldades de relacionamento, brigas; eventos mais extremos como perdas importantes – divórcio, falecimentos de pessoas queridas causam stress mental e emocional. Seja como for, independente do detalhe concreto, o esgotamento mental se instala. Com ele, ao mesmo tempo, esgotamento emocional.
Finalmente, porém não menos importante. Eventos eventos situacionais, de estilo de vida, como tipo do trabalho, excesso de atividades e responsabilidades, quantidade de horas de trabalho diárias e tempo de descanso, trânsito e transporte entre casa e trabalho e alimentação inadequada, entre diversos outros, são igualmente agressivos para o equilíbrio físico e mental.
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Quando você ainda dá conta: A Fase de Resistência do Stress
Sob stress regular, independente deste ser físico, emocional, comportamental ou situacional, o corpo passa a trabalhar em situação de emergência, com o fim de recuperar o equilíbrio. Dessa forma, utiliza recursos físicos e psíquicos para auto-proteção, para dar conta de todas as demandas e agressões. São duas etapas importantes, a partir do momento em que o stress se torna mais crítico.
A primeira reação ao stress constante é a Fase de Resistência. Como resultado, os recursos físicos e psíquicos são ativados de modo a enfrentar os desafios e recuperar o equilíbrio. Nesta fase, o corpo é bombardeado por substâncias que facilitam o enfrentamento. A adrenalina é a grande responsável pela capacidade de reação, de suportar o esforço e a pressão em busca dos objetivos, muitas vezes por anos a fio.
Nesta fase de resistência, um desgaste lento e insidioso vai se acumulando, especialmente nas pessoas mais batalhadoras, aquelas que encaram os problemas com coragem e sem descanso. De forma imperceptível, as resistências do corpo vão sendo exauridas, de forma inconsciente e involuntária. E o stress crônico é o maior fator de risco para a Síndrome de Burnout.
A Fase de Esgotamento / Stress Crônico – Síndrome de Burnout
O aparecimento do estado de esgotamento – do Burnout – usualmente pega a pessoa de surpresa. Imagine alguém que, ao longo da vida, sempre teve força para dar conta dos desafios, de correr atrás das coisas importantes… de repente, parece que teve um apagão.
A Síndrome de Burnout é um estado de exaustão física, mental e emocional, causada por stress crônico e muito prolongado. Seu início é marcado pela percepção que “não dá mais”, de sobrecarga e incapacidade em dar conta das demandas constantes. Conforme o esgotamento avança, a produtividade diminui – a energia vai acabando, deixando um sentimento de vazio, desesperança, até mesmo de cinismo e ressentimento. Toda aquela garra e vontade que foram o combustível por tanto tempo, agora simplesmente desapareceu.
Falta de motivação, um estado crônico de cansaço que não melhora com o descanso, uma atitude geral de desinteresse por todas as coisas que anteriormente traziam ânimo, vontade, prazer, ansiedade, nervosismo e até mesmo preocupações – e que mantinham a pessoa em movimento, sempre correndo atrás. Esgotamento emocional, vontade de chorar até mesmo em pessoas anteriormente muito firmes. Passa pela cabeça que tanto esforço, tanta dedicação, nada valeu a pena. Qualquer pequeno problema ou contratempo parece enorme. Um dos meus pacientes dizia que, durante o momento mais pesado do Burnout, até mesmo escolher o sabor da pizza era custoso demais.