Uma das consequências mais graves do TDAH é a baixa autoestima. A pessoa sente que as coisas que o mundo espera dela são praticamente impossíveis. Por exemplo, manter o foco por algum tempo ou “simplesmente”, começar e terminar uma tarefa simples, sem se perder. De fato, críticas vão se somando às falhas e ao baixo desempenho. A dor emocional se transforma em senso de incapacidade, eventualmente levando à desistência e auto-sabotagem.
Como o TDAH atrapalha a autoestima

A autoestima tem a ver com o modo como nos enxergamos e também o julgamento que fazemos a nosso respeito. Quando sentimos coisas boas a nosso respeito – como orgulho das coisas que conquistamos, satisfação com nosso jeito de ser – aumenta a chance de estarmos motivação para fazer ainda mais coisas, enfrentar desafios, ter a coragem para buscar coisas novas, garantir nosso espaço, vontades e necessidades diante das outras pessoas.
A autoestima em casos de TDAH costuma ser bastante rebaixada. Sofrer com Déficit de Atenção significa ter um jeito diferente de funcionar, tanto no comportamento quanto no próprio cérebro. As constantes experiências de fracasso, de dificuldades que não conseguem ser vencidas nem com muito esforço, críticas constantes levam a pessoa a duvidar de suas capacidades ou até mesmo de sua inteligência.
É muito comum pessoas com TDAH sentirem “burras” ou menos capazes – estes pensamentos e sentimentos são indicadores claros de baixa auto-estima.
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Distorções na Auto-imagem
Quem tem baixa autoestima não consegue enxergar com clareza suas reais potencialidades nem fraquezas. Normalmente, a pessoa acha que não tem nada de bom, ao mesmo tempo em que superdimensiona as falhas, erros e fracassos.
As qualidades ficam simplesmente esquecidas ou passam desapercebidas. Por outro lado, o negativismo dispara, pois neste estado de impotência a pessoa se sente perdida, sem saber o que de fato pode ser melhorado e quais os melhores caminhos. Como resultado, a procrastinação, adiamentos e desistência, além de ansiedade e depressão se tornam cada vez mais prováveis e intensos.
Julgamentos cruéis e auto-crítica patológica
Uma dose saudável de auto-crítica é indispensável para o desenvolvimento e para a aprendizagem. Cometer erros não é uma falha, mas antes o caminho para descobrir maneiras melhores de resolver os problemas.
Mas, como a visão sobre si mesmo, sobre as capacidades e potencialidades fica distorcida pela baixa estima, a pessoa passa a julgar a si mesma de maneira distorcida. Esta é a essência da auto-crítica patológica e do “Complexo de Impostor”.
A baixa estima leva a julgamentos distorcidos e à auto-crítica muito feroz. É bastante comum encontrar adultos que comentam “muitas pessoas vêem qualidades em mim, mas eles estão enganados. Eu me sinto uma fraude, uma impostora. Eu engano bem”. É bem mais fácil enxergar qualidades e competências em terceiros, enquanto consigo mesmo todo o destaque é dado para os erros, falhas, decepções e comparações cruéis.
Sentir-se e pensar desta maneira acaba causando muito sofrimento. Pode causar também afastamento das outras pessoas, padrões crônicos de desistência, auto-sabotagem e até mesmo perfeccionismo.
Baixa estima e TDAH
Conseguir melhorar a autoestima é de extrema importância. A baixa estima não irá causar o TDAH, porém uma vez que a autoestima esteja prejudicada, a insegurança aumenta proporcionalmente. Com isto, em situações de pressão, expectativas, cobranças ou medo de errar, seguramente a pessoa entrará em estado de ansiedade. Ou até mesmo poderá desenvolver um quadro de stress crônico, que é a Síndrome de Burnout ou entrar em depressão. E neste momento, o círculo vicioso se fecha – a ansiedade, depressão ou esgotamento prejudicam ainda mais a capacidade de concentração, tornando os erros mais prováveis e reduzindo ainda mais a auto-confiança.
Para enfrentar o TDAH, o trabalho sobre a autoestima e crença na capacidade de realização e superação é indispensável. Dizer “melhore sua autoestima” é um exemplo perfeito daquelas frases fáceis de dizer, com as quais todos concordam, mas que poucos conseguem realizar. Melhorar a estima e a força pessoal é uma das razões principais para seguir um trabalho psicoterapêutico, rumo à superação do TDAH.
Se você se identifica com os sintomas do TDAH, Déficit de Atenção com ou Sem Hiperatividade, procure um profissional especialista que possa te ajudar. Em primeiro lugar, uma avaliação que te dê a segurança de um diagnóstico correto. Com isto, irá encontrar os melhores tratamentos para seu caso.