Adultos podem se confundir, não discriminando os pontos mais importantes. A grande dificuldade do Distúrbio do Déficit de Atenção é separar o joio do trigo.
TDAH Adulto prejudica o foco

Entrevista com a Psicoterapeuta Cacilda Amorim, Diretora do IPDA - Instituto Paulista de Déficit de Atenção
Cérebro sofre para filtrar informações, organizar e definir prioridades
O portador de TDAH sofre para filtrar dados que o cérebro recebe. Como consequência, profissionais se confundem ao priorizar tarefas e não atentam a temas importantes. A grande dificuldade do portador de distúrbio do déficit de atenção é separar o joio do trigo das informações que recebe.
“Os neurônios dele pulsam mais lentamente na área responsável pelo foco, pelo controle da agitação / hiperatividade e da impulsividade e por inibir o impacto de estímulos irrelevantes”, esclarece a Psicoterapia Cacilda Amorim, diretora do Instituto Paulista de Déficit de Atenção.
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Segundo Cacilda Amorim, o cérebro humano recebe 40 bilhões de bits (unidade mínima de informação) por segundo, mas processa só cerca de 2 bilhões. Com o DDA, o filtro para saber o que é mais relevante não funciona direito. Isso leva o portador a se confundir ao priorizar tarefas – ele navega na internet em vez de fazer um relatório – ou a desviar a atenção de temas importantes. “Já tratei uma advogada que perdeu processos e gerou um prejuízo de R$ 40 mil para a empresa”, conta Amorim.
Para fazer com que os neurônios frontais pulsem em ritmo mais acelerado, a psicóloga utiliza uma técnica conhecida como “neurofeedback” -como um videogame mental, em que o cérebro comanda, por meio de eletrodos, uma corrida de barquinhos, por exemplo. “Trata-se de uma área muito promissora para o desenvolvimento profissional e o desempenho de excelência”, explica.
Em foco
Inquieto desde os 14 anos, o portador de DDA Paulo Romano Schincariol, 24, é um dos que se dizem beneficiados pela técnica. “Tenho ótimas idéias, me expresso com facilidade, mas nunca consegui persistir nas coisas, fazer planejamento. Sentia-me um fracassado.” Schincariol começou vários negócios, mas não tinha ânimo nem disciplina para continuá-los. “Eu me frustrava porque não queria viver na dependência do meu pai. Saí de casa, vivia infeliz e deprimido.
“Com o tratamento, obtive mais serenidade. Agora, diz, tem mais concentração, foco e clareza. “Melhorou minha capacidade de analisar situações já ocorridas, minha ansiedade e minha compreensão sobre mim”, comemora ele, entusiasmado com a abertura de um empreendimento: uma pizzaria na cidade de Piracicaba.
Folha de São Paulo – Caderno Empregos – 07/10/07
Por Denise Ribeiro