Como ter certeza se é TDAH ou outro problema? Confira os CINCO pontos essenciais no diagnóstico do TDAH. É preciso muito cuidado, experiência e paciência também! Como o é feito e quais as formas de avaliação. O maior desafio para o diagnóstico correto do TDAH vem do fato que vários outros problemas e transtornos podem causar os mesmos sintomas.
Acho que posso ter “isto”

É bem comum pessoas se queixarem de distração, agitação, esquecimentos… só um especialista poderá dizer se o caso é mesmo TDAH, se é algum outro problema, uma comorbidade ou, enfim, o que pode estar causando as dificuldades.
Se você está lendo este artigo, provavelmente está interessado em descobrir a origem das dificuldades suas ou de outra pessoa, talvez sua criança. Querendo saber se o que te incomoda pode ser causado por este problema de quatro letrinhas. O famoso TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção.. Que pode aparecer com o traço visivel de hiperatividade ou então apenas com distração, no TDA – Déficit de Atenção SEM Hiperatividade.
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Se você é um adulto, é provável que esteja cometendo erros por distração, esquecendo coisas importantes, deixando coisas para depois. Ou então, incomodado por sua agitação mental ou por desempenho abaixo de suas capacidades. Como muitos, em primeiro lugar pesquisou na Internet o que poderia estar acontecendo. Pode ter sido assim que “ouviu falar” do TDAH em adultos.
Em seguida, avançou sua busca. Eventualmente terá passado por muitos sites, encontrado opiniões divergentes, algumas que te passaram mais segurança; outras que aumentaram ainda mais suas dúvidas. Imagino que, como muitas das pessoas que me procuram, você deve ter algumas respostas e muitas dúvidas.
Já que está aqui, no site do IPDA – Instituto Paulista de Déficit de Atenção, vou te passar detalhes aprofundados e de confiança sobre o diagnóstico do TDAH. O melhor, numa linguagem que você vai entender. Ao final, vou resumir os CINCO PONTOS ESSENCIAIS que não podem faltar no diagnóstico do TDAH.
Antes de prosseguir, vou me apresentar. Eu sou Cacilda Amorim, Psicoterapeuta e Coach Comportamental. Há 15 anos, fundei o IPDA – Instituto Paulista de Déficit de Atenção, primeiro centro de referência nacional em tratamentos integrativos e multi-disciplinares direcionado especificamente para Déficit de Atenção, Hiperatividade e comorbidades.
Meu motivo para aprofundar nesta área? O mais nobre dentre todos. Minha filha e marido sofrem com TDAH, portanto esta “sopa de letrinhas” me acompanha em todos os momentos. Em casa e no consultório.
Por muitos anos, cuidei de adultos e crianças. Atualmente, dedico-me exclusivamente a fazer diagnósticos e tratamentos de adultos com queixas na área profissional. É com base em toda a minha experiência clínica que contarei a você o que realmente é importante ao buscar um diagnóstico.
1) Critérios básicos para Avaliação
- Quantidade significativa de sintomas – Queixas frequentes, não pode ser algo que incomoda apenas de vez em quando
- Sintomas que tenham causado danos significativos – Queixas que realmente prejudicam sua vida, a ponto de serem consideradas um TRANSTORNO
- Os sintomas devem existir desde a infância – TDAH nunca se desenvolve na idade adulta, pelo menos algum indicativo deverá ter iniciado bem cedo
- Outros transtornos foram avaliados e excluídos – Especialmente aqueles que podem mimetizar (imitar) os sintomas do TDAH
- Comorbidades foram extensamente investigadas – Para certificar se pode haver mais de um problema ao mesmo tempo, sob uma perspectiva ampla e integrativa
2) Diagnóstico complexo
Um dos maiores enganos que se pode cometer é tirar conclusões baseado em testes online. Ora, este próprio site tem testes online! Então, qual o problema? Testes online são realmente importantes, um ponto de partida. Justamente por isto há vários deles neste site. Eu mesma recomendo a você que faça todos. Pois são eles que, boa parte das vezes, abrem a cabeça para a possibilidade de que, eventualmente, as dificuldades da pessoa possam ser mais que… preguiça, desinteresse, falta de vontade, irresponsabilidade…
Qual o problema que eventualmente pode acontecer quando você faz um teste online? O risco de você tirar conclusões precipitadas, “ter certeza” que descobri agora a fonte de tudo o que me atrapalha. Sim, é verdade que você já deu o primeiro passo. Entretanto, está correndo alguns riscos em conclusões precipitadas, que podem prejudicar os passos seguintes. Vou te contar como e porque.
Sintomas do TDAH são inespecíficos
Em primeiro lugar, você precisa saber que os SINTOMAS do TDAH são INESPECÍFICOS. Ou seja, que a distração, esquecimentos, desorganização, falta de foco… tudo isto pode ser causado pelo TDAH (sim, claro) mas também por vários e vários outros problemas. A isto se denomina mimetização (imitação) ou sobreposição de sintomas.
Além dos sintomas serem inespecíficos, não necessariamente aparecem todos de uma vez. Há tipos diferentes de TDAH. Quando há apenas distração, se diz ser do tipo Desatento / Distraído. Ou quando os sintomas mais fortes são de hiperatividade e impulsividade, classifica-se como tipo Hiperativo / Impulsivo. Enfim, quando todos os sintomas estão presentes, diz-se ser Tipo Combinado ou Misto.
Quando você faz um teste online, está elencando uma lista de sintomas. Porém o teste online não vai te dizer se estes sintomas se originam no TDAH, num quadro de ansiedade, esgotamento crônico ou qualquer outro.
Embora para você possa parecer óbvio que seu caso (ou de sua criança) é TDAH, é preciso avaliar a fundo qual a origem dos problemas.
Os sintomas de distração, hiperatividade, impulsividade, esquecimentos, agitação mental, desorganização, baixo rendimento, conforme ressaltei anteriormente, são todos inespecíficos. Ou seja, são também encontrados em diversos outros problemas e transtornos, como ansiedade, depressão, transtorno afetivo-bipolar, deficiências cognitivas e de aprendizagem, além de disfunções comportamentais. Como resultado, não há teste simples, que possa dizer “tem ou não tem”, quando se trata do diagnóstico do TDAH.
3) Mais de um problema ao mesmo tempo – Comorbidades no TDAH
Se acaso já era complicado analisar sintomas inespecíficos, há um nível adicional de complexidade. Especialmente em adultos, é altamente provável encontrar mais de um problema ao mesmo tempo – são as (igualmente) famosas “comorbidades”.
De fato, a experiência clínica certifica que os problemas simultâneos são mais a regra que a exceção. Em crianças já acontece; mas em adultos, é ainda mais provável. Dentre as comorbidades mais comuns estão a ansiedade, depressão e stress crônico – que é a Síndrome de Burnout. Alterações comportamentais e emocionais são igualmente frequentes, como baixa estima, perfeccionismo, adiamentos crônicos / procrastinação e forte desorganização.
Só que muitos dos sintomas das comorbidades mais frequentes são igualmente inespecíficos. Para ilustrar, dificuldade de concentração é um sintoma do TDAH e TAMBÉM um dos sintomas mais comuns da ANSIEDADE.
Assim, com base exclusivamente naquilo que a pessoa conta, o especialista precisa diferenciar e julgar o que, dentre os sintomas, pode ser atribuído a tal ou qual transtorno. Justamente por isto, a Avaliação Clínica para Diagnóstico Diferencial é o instrumento técnico mais importante para se chegar a uma compreensão ampla dos problemas e suas causas.
Tamanha complexidade reitera mais uma vez a extrema responsabilidade em se fazer um diagnóstico. Apesar de não haver tempo limite para se chegar ao diagnóstico (não tem regra fixa), embora existam casos e casos (mais e menos complexos), é óbvio que ninguém pode tirar uma conclusão sobre algo tão sério como um transtorno neurocomportamental numa consulta rápida.
Portanto, como talvez você esteja buscando um diagnóstico ou pesquisando mais sobre seu próprio, tenha isto em mente. Não há como fazer uma análise aprofundada, tal como a hipótese do TDAH demanda, em consultas “rapidinhas”.
Por que seria preciso avaliar tantas coisas? Eu quero respostas simples…
Esta é outra questão frequentemente colocada por pacientes. Sim, idealmente uma pessoa espera uma resposta simples e rápida, assim como soluções diretas, fáceis de implementar.
Claro que este cenário ideal pode existir. Pois há casos simples, de baixo impacto. Com queixas leves. Felizmente, nestes casos chega-se mais rápido a conclusões e, de um modo geral, os tratamentos são mais simples.
Só que há casos concretos e mais complexos, para os quais não se consegue dar respostas rápidas. Pois, um diagnóstico incorreto ou incompleto, que falhe em identificar uma comorbidade por exemplo poderá ter consequências bem sérias. Muito mais complicado que encarar a complexidade, é tratar a coisa errada.
Sobretudo devido à característica inespecífica dos sintomas do TDAH, o risco de diagnósticos errados ou apenas parcialmente corretos é imenso. Como resultado, os tratamentos dificilmente trarão todos os benefícios que poderiam. E, sob a perspectiva do paciente, a insatisfação usualmente leva ao abandono do tratamento… justamente daquilo que poderia representar a superação das dificuldades.
4) Qual especialidade pode fazer o Diagnóstico do TDAH?
O diagnóstico do TDAH somente pode ser realizado por um especialista no transtorno, com vasto conhecimento sobre os transtornos psíquicos, cognitivos, emocionais e comportamentais. Apenas alguém que entenda a fundo deste conjunto de variáveis poderá destrinchar a complexidade dos sintomas, transtornos e eventuais comorbidades.
Não há restrição quanto a formação do profissional que faz o diagnóstico. Psicólogos, médicos psiquiatras ou neurologistas podem realizar um diagnóstico clínico, desde que tenham experiência e prática profissional extensa com estes pacientes.
Importante ressaltar este ponto, pois vários sites reiteram a informação errônea que apenas médicos podem atender e diagnosticar TDAH. Não há área de formação, seja medicina, psicologia ou outra, que seja superior a outra.
Pois, como se sabe, TDAH não é uma doença no sentido técnico da palavra. Justamente por isto, não é algo que necessite obrigatoriamente tratamento médico. Portanto, não faz o mínimo sentido afirmar que “apenas médicos” tem a capacidade para diagnosticar. Como enfatizei anteriormente, o essencial é ser avaliado por alguém que conheça a fundo, que tenha experiência neste diagnóstico.
Diagnóstico do TDAH – Déficit de Atenção precisa ser multi-disciplinar?
Igualmente difundida a noção que é necessário um diagnóstico multidisciplinar, que significa: mais de um profissional dando sua colaboração. Seria mesmo? De fato, num mundo ideal, todas as suas queixas de saúde física ou mental seriam avaliadas por uma equipe integrada de profissionais, que te dariam tempo e dedicação, conversariam sobre seu caso extensamente, até chegarem a um avaliação consensual.
Lamentavelmente, o mundo real não funciona desta maneira. Mas, felizmente, para a maioria dos casos não é necessário buscar tal montante de informações multidisciplinares.
É fato haver situações em que consultar mais de um especialista é necessário. Por exemplo, quando a professora queixa de distração e notas baixas. Se o especialista consultado desconfiar que a criança pode ter um problema de aprendizagem ou de processamento auditivo central, certamente irá pedir para consultar uma psicopedagoga ou fonoaudióloga.
Um profissional competente e responsável apenas pedirá os exames e consultas adicionais que sejam realmente necessários. Tudo com o intuito principal de não onerar demais a família e dar início o quanto antes a tratamentos que são claramente indispensáveis.
5) Exames complementares e Testes Neuropsicológicos
Exames complementares, como testes neuropsicológicos, são inquestionavelmente importantes quanto à riqueza de informações que podem agregar. Entretanto, é sempre preciso ponderação, antes de adicionar mais e mais níveis de complexidade a algo que, por si mesmo, já não é nada fácil.
Ainda mais quando se sabe dos custos elevados de consultas com especialistas, que pode aumentar muito quando se incluem baterias de aplicação de testes psicológicos. Pois são poucas as pessoas que dispõem de acesso a profissionais via plano de saúde, reembolsos ou consultas particulares. Portanto, a sensibilidade às condições e restrições concretas do paciente é essencial.
Em resumo, se suspeitar que você (ou alguém importante em sua vida) possa ter TDA/H, procure um profissional especialista, com experiência em diagnósticos. Faça o possível para encontrar o melhor, dentre as opções ao seu alcance.
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