Quando vim para o IPDA tinha vários problemas – distração, ansiedade, esquecimentos, dúvidas profissionais. Pensei que fosse TDAH, mas não era. Era um diagnóstico errado. Depois que fiz a avaliação psicodiagnóstica, vi que uma parte eram características minhas, outras eram causadas pela depressão.
Tive diagnóstico errado de TDAH, na verdade era Depressão

O diagnóstico correto foi muito importante. Entender melhor é como ter maior consciência, reconhecer a depressão e ver os pontos negativos… meu pessimismo, falta de auto-estima, timidez, pouca assertividade. Mas vi também o que já tinha de positivo, tudo o que eu já tinha conquistado… também tinha dúvidas sobre a minha inteligência, que na verdade é muito boa!
Quando comecei, estava no fundo do poço, incrédula. Não pensei que iria me desenvolver tanto neste pouco tempo. Estou mais otimista, menos dependente emocionalmente, mais forte… Consigo lidar melhor com os meus sentimentos, sem precisar dos outros pra tomar uma decisão, sem precisar ser querida sempre… Consigo segurar a onda melhor, não desabo tão facilmente, antes qualquer coisa me deixava pra baixo, deprimida e chateada.
Agora consigo entrar mais em conflitos, o que para mim é bom e ao mesmo tempo me relaciono melhor com minha mãe e minha irmã. Antes estourava muito fácil, vivia a flor da pele, qualquer coisa já me deixava irritada, predisposta a estourar. Agora quando elas começam a descontrolar, faço o máximo antes, para não chegar às últimas consequências.
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Mudança gradual
Foi acontecendo naturalmente, só depois de um tempo percebi que estava encarando os problemas de outra forma. O namorado continua sendo uma pessoa importante, mas me sinto mais forte, menos dependente. Se eu achar que devo terminar, estou forte o suficiente para colocar um fim no relacionamento, não como no meu relacionamento anterior que durou 5 anos por medo de ficar sozinha.
Ritalina aumentou a ansiedade, antidepressivo foi melhor no meu caso
O remédio para TDAH, a (Ritalina), que havia tomado antes, somente piorou a ansiedade. Quando passei para o remédio correto, o antidepressivo, senti que ele teve papel importante, especialmente em melhorar a ansiedade. Não tenho mais tantos episódios de comer como louca descontrolada, perdi 3 kilos sem esforço.
Agora tenho metas mais claras no trabalho. Relevo mais as coisas. Comecei a ver que não era eu quem fazia a vida do meu chefe um inferno, que eu não sou a causa do mal-humor e da raiva dele. Tudo isso me atinge menos.
Já melhorei a desorganização e falta de concentração. O que ainda me atrapalha é a dificuldade em impor limites e dizer não ao excesso de trabalho extra, porque no trabalho todos aceitam – e a questão é eu aceito ou eu desisto. Se não aceitasse, não teria continuado empregada.
O meu trabalho da época não me satisfazia. O problema não é apenas trabalhar muito, é que não vejo possibilidades de longo prazo, sou apenas mão-de-obra. Trabalho extra é apenas um turno e só isso, sem possibilidade de crescer. Eu precisava deixar este trabalho.
Com o tempo, me convenci que aquele não era o caminho que eu queria seguir, precisava ter outro caminho. Não me via daqui a 5-10 anos fazendo a mesma coisa. O que vejo são outras pessoas, que para elas 5-10 anos já se passaram e elas continuam na mesma.
Tomei a decisão de deixar o emprego e estudar para concurso. Esta idéia estava amadurecendo, estava com medo. Mas li depoimentos de outras pessoas, vi que teria que me decidir com muita força.
Conversei com a família e senti que era a hora da virada – o trabalho não estava me realizando e agora estou me dedicando integralmente. Tenho dinheiro guardado e vou conseguir encarar o prazo até ser aprovada.
*** L.M.B., adulta, 28 anos, arquiteta, recentemente aprovada em concurso público para Fiscal da Receita Federal. Fez Avaliação Psicodiagnóstica completa no Instituto Paulista de Déficit de Atenção e 30 sessões (10 meses) de tratamento, incluindo sessões de Terapia Comportamental-Cogniva, Coaching e programa de Hábitos de Estudo. Fez também tratamento medicamentoso para depressão. Transcrição de relato na sessão de encerramento da primeira parte do tratamento.